Dª Maria Joana Mendes Leal, escritora e política
Nos alfarrobistas, lojas online ou em lojas físicas encontramos aquilo que pensamos ser impossível. Através do "amigo" Google encontrei alguns livros de torroselenses ilustres que muitos conterraneos da minha geração conheceram.
Desta vez e quase por acaso localizei este livro que adquiri numa loja online.
A autora, Dª Joana Mendes Leal, nasceu em Torroselo e foi uma devotada militante católica. Faleceu em Lisboa em 1976, mas está sepultada em Torroselo no jazigo da família Mendes Leal.
Para conhecimento da biografia desta ilustre senhora deixo aqui este texto retirado da net.
Maria JOANA MENDES LEAL, Escritora e Política, nasceu em Torrozelo (Seia), a 12-10-1897, e faleceu em Lisboa, em 1976. Era filha de José Joaquim Mendes Leal e de Maria da Conceição Moreira Mendes Leal. Solteira, católica empenhada, pertenceu à Acção Católica, tendo sido presidente da Liga Independente Católica Feminina (LICF) em 1936; também introduziu em Portugal a Congregação das Filhas do Coração de Maria.
Durante os seus mandatos exerceu os seguintes cargos: Vogal da Direcção Nacional da Obra das Mães para a Educação Nacional desde a sua criação; Directora dos Serviços de Propaganda e Publicidade da Mocidade Portuguesa Feminina desde o início; Presidente Nacional e membro do Conselho Internacional da Associação Católica Internacional para as Obras de Protecção às Raparigas; Presidente da Comissão de Acção Cultural e de Propaganda da Cruz Vermelha Portuguesa e membro do Conselho Superior da mesma organização; membro do Conselho Internacional da União Internacional da União Internacional de Protecção à Moralidade Pública; Vogal da Junta Nacional de Educação. Agraciada com as seguintes condecorações: Comenda da Ordem da Benemerência (DG, 28-08-1930); Cavaleiro da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (DG, 23-03-1934); Comendadora da Ordem da Instrução Pública (DG, 09-01-1959); Comendadora da Ordem Pro Ecclesia et Pontifice e Comendadora da Cruz Vermelha Portuguesa. Dirigiu o Boletim A Protecção, que fundou. No âmbito da Mocidade Portuguesa Feminina, foi Directora do Boletim da MPF; do Boletim para Dirigentes e da Menina e Moça, onde escrevia frequentemente.
Publicou ainda O que é a Protecção, (Lisboa, 1939) e Instituto Superior Técnico, (1940); Beato João de Brito, (1940); A Bondade, (1946); O Cruzeiro à África da Mocidade Portuguesa Feminina, (conferência proferida na Sociedade de Geografia em 01-12-1950); A Mensagem de Fátima, (Lisboa, MPF, 1951); a biografia O Santo Padre Cruz, (1954). Proferiu muitas conferências e colaborou em diversos jornais e revistas. Usou o pseudónimo de Coccinelle. Na Câmara Corporativa assinou vários pareceres, durante a III Legislatura, sobre o projecto de lei instituindo o Casal da Escola; o Estatuto de Assistência Social; a proposta de lei de Assistência Psiquiátrica; na IV Legislatura, sobre proposta de lei de Protecção ao Cinema Português, o projecto de lei acerca de Feriados e Dias de Descanso Semanal, o projecto de Lei acerca do Abandono de Família; na V Legislatura: da criação de um Fundo de Teatro, da Luta Contra a Tuberculose. Durante a VI Legislatura foi relatora do parecer nº 37/VI, Organização e Funcionamento dos Institutos do Serviço Social. Foi, aliás, a única vez que uma mulher foi relatora de um parecer da Câmara Corporativa
Fonte:
Fonte: “Dicionário Biográfico Parlamentar, 1935-1974, (Volume I de A-L), Direcção de Manuel Braga da Cruz e António Costa Pinto, Colecção Parlamento, Pág. 802 e 803).
Fonte: “Dicionário de Mulheres Célebres”, (de Américo Lopes de Oliveira, Lello & Irmão Editores, Edição de 1981, Pág. 889 e 890).