Historial - Banda da SFUAP - Cova da Piedade
Corria o ano de 1889 quando “ um grupo estóico de rapazes, havidos pelo desenvolvimento associativo “, resolveu fundar a Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, constituindo, desde logo uma banda de música. Os primeiros instrumentos e utensílios vieram da Sociedade Musical União Artística do Caramujo, que nesse ano se extinguiu.
Decorridas algumas semanas sobre a data de 23 de Outubro de1889, a SFUAP inaugura a sua primeira sede, na chamada “ casa dos frades “, ao lado da capela existente a sul do jardim Público da Cova da Piedade. Artur António Ferreira de Paiva, o primeiro regente da Banda da SFUAP, pôde iniciar os ensaios. A primeira saída (conhecida) da nossa Banda verificou – se na Quinta dos Frades, onde os novos executantes foram aprender a marchar ao som da música.
Em 1889, no Terreiro do Paço, em Lisboa, celebrou – se o 4º Centenário da Descoberta da Índia. A nossa banda lá esteve e cobriu – se de glória por ter sido a única filarmónica presente que executou os acordes da “ Grande Marcha do Centenário.
Os anos passaram, dezenas de jovens aprenderam música na SFUAP, desfilaram com a sua banda e participaram em manifestações musicais. Em 1934, os registos assinalam a existência de 33 executantes. Em 1932, Fernando Marques Francisco havia sido inspirado autor do primeiro hino da SFUAP conhecido.
Ao longo de um século muitos foram os regentes da Banda da SFUAP, desde Artur António de Paiva, o primeiro, passando por António Taborda (1904), Victor Cândido dos Santos, Augusto M. Cabral (1926-1929), Leonel Duarte Ferreira (1930-1944), José Dias Montezinho, José Fernando Matos e muitos outros até à actualidade, com Carlos Ribeiro.
Longa é também a lista dos músicos que passaram pela Banda da SFUAP, como largo é o rol daqueles que se tornaram músicos profissionais e ingressaram em bandas militares e orquestras.
No decurso de um longo passado de uma centena de anos muitos foram os momentos altos da história da banda da SFUAP, mas também houve períodos baixos e vicissitudes. Nem sempre tudo correu bem. Mas o que é importante é que a Banda sobreviveu a todas as crises e hoje aí está, mantendo viva a chama que se acendeu em 23 de Outubro de1889.
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