Recordações de Lisboa
Neste edifício funcionou durante cerca de 50 anos a Tabacaria/Papelaria Caravela. Encerrou as portas em 30 de Dezembro de 2005. Foram 27 anos a trabalhar neste local, nesta empresa, que era uma referência no comércio tradicional.
Políticos, ministros, presidentes da Republica, jornalistas e tantas outras figuras conhecidas faziam parte da vasta e diversificada clientela da Caravela.
De lá para cá muitas são as lojas tradicionais da baixa de Lisboa que encerraram. Creio que nenhuma o fez por motivos económicos ou laborais. Os interesses são outros...
Vista parcial do Rossio, a sala de visitas de Lisboa. Tudo que acontece, acontece no Rossio.
Nos anos 70 do século passado o Rossio era ponto de encontro de retornados, refugiados e desalojados.
No passeio junto ao Nicola o local era maioritariamente frequentado por portugueses e angolanos.
Em frente, junto à Pastelaria Suíça era mais moçambicanos e portugueses, já no Largo de São Domingos era quase e só guineenses.
Vendia-se de tudo, divisas, outras coisas menos recomendadas, recordações de África que alguns conseguiram trazer para a então Metropole e matavam-se a dor e a saudade de uma terra que que os viu partir sem voltar.
Rua Augusta, as esplanadas dos cafés, restaurantes e comida rápida substituiu muitas e tradicionais lojas de comércio tradicional.
Edifício dos Grandes Armazéns do Chiado, local ocupado pela FNAC.
Uma particularidade, os Armazéns do Chiado foram fundados em 1894 por um grupo empresarial francês, mas em 1904 (?) foram adquiridos pelos irmãos Nunes dos Santos, oriundos do Barril de Alva - Arganil. Nesta localidade fundaram uma filial dos referidos armazéns. Ali se vendia quase tudo. Para além de tecidos, vendiam-se materiais de construção, artigos de mercearia, bebidas e outros.
Paços do Concelho de Lisboa, neste local o ilustre torroselense Dr. José Maria da Costa Brandão desempenhou as funções de Notário Privativo da Câmara Municipal de Lisboa.